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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

bondage


A podridão dos dias sucessivos
Onde nada nasce ou se renova
Não se planta uma semente em uma cova
Apenas se adoece repetidamente.

O enjoo sucessivo das horas moles
Que escorregadias e capisciosas passam
Me envelhecem traem e me devassam
Acordo pior enfim a cada dia.

Ninguém entende (quem entenderia)
Calo apenas e me anestesio
Espero a morte dia após dia
No meio de um incessante desvario.

(Carolina Veríssimo)

2 comentários:

  1. Pena que estou sem internet, decadente, adoraria conversar com você...meu email é gutipoetry@gmail.com

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  2. Bela poesia Carolina, o final sombrio me lembrou Augusto dos Anjos. Gostei do seu estilo. Grande abraço e muito sucesso!

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