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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Pra que tantas palavras criativas
A merda de todo mundo é igual
Pra que tanto talento para insultos
Do que você está mesmo se escondendo, garota?
Mostre a si mesma o quanto quer ser forte
Mostre aos outros ,mesmo que ninguém se importe,
Mostre-se monstre-se ou simplesmente mostre.
Tire os seus sintomas da gaveta.
Entrega inteira, reinventa...
Sai gargalhando e pisando duro
Pra depois chorar sozinha num cantinho escuro.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cabeça boa.

Já me disseram que tenho uma boa cabeça
Embora eu não tenha entendido direito o que isso significa.
talvez tenha sido coisa de alguém com senso de humor, mas não lembro.
Não sei de fato o que é ter uma cabeça boa
Nunca fiz investimentos a longo prazo,
Nao penso na velhice e não tenho um bom emprego.
Pra falar bem a verdade eu também não tenho um bom gosto pra decoração, não sei andar de salto e nem sentar de saia.
Não terminei a faculdade e não paguei o cartão de crédito esse mês.
Se ter uma boa cabeça se refere a essas coisas a pessoa deveria estar tirando uma com a minha cara, só pode. Mas se ter uma boa cabeça é saber o valor da lealdade, de uma gargalhada e de um fim de tarde...
Se for  saber rir até doer a barriga, até chorar, até irritar quem não esta entendendo a piada. Se ter uma cabeça boa for ter um plano maluco pra tirar a si mesmo ou aos outros de alguma encrenca.
 Se ter uma boa cabeça for saber fazer massagem nos pés e brigadeiro (não ao mesmo tempo, é claro).
Se ter uma boa cabeça  e  abraçar de verdade e olhar nos olhos mesmo sabendo que se abrir para o mundo pode doer.
Então eu tenho a melhor cabeça que eu ja ví na vida.


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Poema erótico quase imperceptível.

Tenho uma boca de perder palavras soltas
E as tenho perdido no teu corpo
Libidinosamente em teus ouvidos
Derramo  fragmentos de linguagem..
Aos teus olhos no tempo de um bater de asas
quando eu grito, esqueço ou antagonizo.
Permaneço ao teu lado quase inexistente.

sábado, 22 de março de 2014

Mabon

Descalça sob a lua alaranjada
Sendo o eco de muitas outras antes
Desabrochando espiritualmente,
Eu cresço e apareço...
E outono... dentro principalmente
Diminuo meus ritmos, acalmo
meus sentidos...
Ouço em mim o eco de outras vidas
As vozes mais antigas...
E os meus olhos não sou mais meus olhos
são olhos de ver para dentro...

segunda-feira, 17 de março de 2014

Eu nem sei a quem dedico meus poemas
No final do fel de cada rima
É tudo tão igual, e tão acima
De tudo que importa ser lembrado.
Depois que acaba cada coisa
Fica doce lembrar e até bonito
E alguns erros, de belos até repito
Porque a beleza errada incomoda?
Há um tanto de mim que cura que cria e que canta.
E ocasionais porções de reclusão.
Não tenho ânsia por alheia compreensão.
As vezes sobrevivo em meus silêncios.
Forte, tateando as paredes em mim
E sussurando para mim mesma
"Não enlouqueça, não desista"
É só que mais sou de verdade.
E solitária  aprendo meus códigos, minhas linguagens.
Que faço meus mergulhos noturnos,
transgrido, regrido, e por fim
apenas continuo existindo.

Desculpem pelo longo silêncio, sé e que se pede desculpas por isso.
Foi um momento necessário.
Em breve  novas postagens.