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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

AN PASSANT

Uma brincadeira de desenhar na areia
Um instante em que uma estrela caiu
(mas ninguém estava olhando)
A garota que ingeriu muitas pilulas para dormir(para assustar os pais)
Sabendo que tomaria uma lavagem estomacal e tudo acabaria bem.
As amnésias muito convenientes
Os orgasmos magestosos
Os pés formigando, as eternas discussões infinitamente repetitivas.
Enfim o cotidiano de um "EU TE AMO" escrito no vapor do banho.
Bom final de semana.

(Carolina Veríssimo)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Interruptor

Tenho olhos de seguir a noite em cada canto escuro
As palavras são o que resta de minha liberdade
Porém deitada nua no chão frio e duro
É que me percebo inteira e já não mais metade.

Indecifráveis são olhares, madrugada
Pois ninguém jamais os compreende
Quando por fim ja não restar mais nada
Uma luz no fundo deles se acende.

Acendo a luz ( o escuro me incomoda)
Apago a tarde e vagarosamente
Fico conformada com os que não me compreendem.

Esqueço os dias (quando lembrar dói)
Danço sozinha e muito lentamente
No devaneio dos que se perderam.

(Carolina Veríssimo, dedicado a P.)