Pesquisar este blog
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
A Noite
Visto-me de negro
Lábios vermelhos
Olhos ressaltados de kajal.
Ouvidos sedentos
De solos de guitarra.
Rock'n roll all night.
Lua cheia na retina,
Me deixa louca esta noite.
O sangue corre mais rápido,
Acelerada
Insana
Ausente
Pulsante.
Aquela música
Qualquer risada
Sarcástica.
Todo gato pardo
E qualquer gata vira-lata.
Sorriso blasé
Cartas marcadas,
Pra morrer,
Cansar, tirar o sapato
Quando amanhecer.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Panapaná
Tão inadequado quanto vestir-se de colegial após os trinta,
É estar denovo assim apaixonada,inapropriadamente e sem juízo.
Como bater tua porta de madrugada.
É esquecer a condição humana
De carne a oxidar-se,
Tornar-se putrefata.
É crer-se mais uma vez com vinte anos.
É viver e morrer qualquer coisa entre um soluço e um gemido.
É se supor a prova de balas, imperecível.
Achar que o tempo, já não faz sentido
Quando me perco entre os teus braços e minhas palavras.
E me faço líquida,e me liquido...
E me faço estranha, desprotegida.
Como aquela canção dos anos noventa.
Saiu de moda caiu, obsoleta.
É este coração cá em meu peito
Querendo de qualquer modo ser borboleta.
Tóxica
Estou obsecada, já não conto
As noites febris, no teu regaço
E as aclaradas a sentir tua falta.
Estou abstinente, trêmula e sufocantente
A esperar sem ter qualquer certeza
A me expôr patética, inadequada,
Até que me percebas, compreendas.
Estou minguando a tua espera
Sufocando com a tua
Aguda e obstinada ausência.
Mergulhada solitária nas palavras
Que talvez nunca te possa dizer.
Estranho Idioma.
Amor,falai vossa estranha língua.
Dizei coisas que eu não compreendo.
Vossas falácias em meu ingênuo ouvido.
Menti amor, que já sou vossa.
Não sei se sois divinal ou diabólico.
Estou aos vossos pés avassalada.
Sois alado e eu que aqui rastejo,
Sois Amor e eu demasiado humana.
Autor de tanta covardia,
A mim só resta escrever poesia.
Errada, rota, tola e mascarada
De quem não ousa conjugar,
De quem não amaria.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Arquivo Morto
Um pudor qualquer que eu já não tenha
Minha gratuita agressividade
Meu vazio...conhecido,inorgânico,familiar
Meu medo de decepcionar.
Minha falsa modéstia,
Meus tostões furados,
Meus sapatos furados.
Meu nariz de palhaço
Os guris da escola caçoando de mim.
Meu passado que não passa.
Aquele barato que nunca bateu.
As coisas que nunca foram,
Que nunca vieram...
Colecionadas todas em pequenas caixas.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Do amor fora de contexto
Amanheço em ti e é de tarde.
Cada beijo,
A cada vez que nos olhamos.
É contigo, mesmo que não seja.
E nua,
E branca,
E tua?
E misteriosamente nos abraçamos
E não faz sentido.
Volte a ser novamente
O timbre da risada
A vibração da madrugada.
Corremos!
Partimos!
Perdemos o tempo,
O fôlego,
Os 20 anos,
A vergonha na cara.
A passagem de volta.
A vontade de esperar.
Já não há tempo pra besteiras.
Orgulho é tolice.
Apenas guarde as frustrações
E venha pra ficar.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Polaroid.
Distante aqui do teu sorriso
Dias lentos, são repugnantes...
Estou quase desaparecendo,
De uma saudade qualquer.
Como um velho retrato
Em preto em branco
Sorriso amarelo
De rir pra ninguém.
Eu perco os contornos
Perco o contraste.
Foto velha, aqui jogada às traças.
Desnecessária
Inadequada
Como um trem que ninguém espera.
Estranha
Só
E desconfigurada.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Dos Cabelos
De carregar proeminente os cachos
Minha orgulhosa cachopa cacheada
Pintada, colorida de vermelho
Para a gerra ou simples luta apaixonada.
Cheia e plenamente satisfeita
Não domam, a mim ou a meu pelo.
Vou sacudir a cabeleira ao vento.
Só pra meu simples contentamento.
E se me chamar "descabelada"
Baterei cabelo e pensamento.
Coisa de rebelde,revoltada,
Cabelo nas ventas
Alta gargalhada.
Minha juba de fêmea-alpha
Resistente.
A zona de conforto
Ao ferro
Ao pente.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
Imperativo
Enxerga-me a meia luz em tua cama,
Enxurrada, alagamento e incêndio.
Dá-me o nome que preferes.
Chama-me de puta e de amor com teus olhos.
Enxerga-me, ângulos inusitados.
Olhe meu corpo e perca-se...
Ocupa-me em cada espaço,
Deixa que eu loucamente,
Te viva,te absorva...
Todo pela tua boca.
Estado de graça.
Pecado mortal.
Enxurrada, alagamento e incêndio.
Dá-me o nome que preferes.
Chama-me de puta e de amor com teus olhos.
Enxerga-me, ângulos inusitados.
Olhe meu corpo e perca-se...
Ocupa-me em cada espaço,
Deixa que eu loucamente,
Te viva,te absorva...
Todo pela tua boca.
Estado de graça.
Pecado mortal.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Adultério
Farei esta noite
Amor com meus versos
Porém pensando estar contigo
Não sei quem estou traindo
Se à poesia por te pensar em cada linha
Ou ainda a ti, por te pôr em cada verso.
Alucinada, te desejo hora muda
Pra vir gozar nos braços da poesia.
Em cada sílaba, em cada decassílabo,
Querendo estar contigo, todavia.
Amor com meus versos
Porém pensando estar contigo
Não sei quem estou traindo
Se à poesia por te pensar em cada linha
Ou ainda a ti, por te pôr em cada verso.
Alucinada, te desejo hora muda
Pra vir gozar nos braços da poesia.
Em cada sílaba, em cada decassílabo,
Querendo estar contigo, todavia.
Assinar:
Postagens (Atom)