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sábado, 25 de julho de 2015

Palavras ao futuro sábio

É feito trovejar, furacão
A sorte não dirá sim ou não
Quem romperá os selos
Ou selárá o próprio destino
É o dono de cada vida.
Quem decidirá tomar
Entre água pura e veneno inodoro? 
Quem saberá?
Quem escolherá o caminho certo
E o momento certo de pegar a estrada
E ainda o que levar na bagagem?
Tu, ó, imperfeito, depreparado
Tu, ó incapaz!!!
Viver é o teste para torná-lo um sábio.
Segue, pega teu escudo, tuas armas
Pega teu alimento, e simplesmente parte.
Se em algum momento, guerreiro, 
Cair a chuva no teu rosto
É para lavar teu cansaço,sim,
Mas antes pra dissipar as lágrimas
Que por acaso estejas derramando.
E mesmo que pareça demasiado
Fraco, desiludido e cansado
Lembra-te essa jornada só a ti pertence.
Forja tua força como o ferreiro a espada.
Não desanima, levanta,
Não te direi o que te espera no final.
Ninguém explicará o sentido
Embora busques sábios de toda parte,
Saberás quando fizeres de ti mesmo um sábio.
Um sábio forjado, a lágrimas, batalhas perdidas
E, principalmente, as pequenas vitórias de cada dia,

domingo, 19 de julho de 2015

Uma porta e suas possibilidades


Nunca se sabe o que pode haver por de trás de uma porta fechada  . Quando a vida nos apresenta portas, ela não costuma colocar letreiros.  A vida nos coloca frente a frente com o desconhecido   e nos resta a possibilidade de ficarmos amedrontados atrás das portas fechadas ou abri-las e enfrentar o novo , o desconhecido  a possibilidade do erro ou a dádiva do acerto.
Quando hesitamos diante das ditas portas só depende de nós girar a maçaneta das possibilidades, não há ninguém gritando do outro lado “atravesse” ou “pare”, só nós podemos decidir.Atravessar uma porta pode nos colocar de frente a um abismo sem volta, a total derrocada, ao fracasso sem retorno, abrir as portas pode ser como jogar roleta russa.
A vida não passa de estar sempre jogando roleta russa  ,ou ficar escondido atrás da porta com medo do que poderia   ter sido e não foi .Viver é o  constante abrir as portas. Os medrosos podem perder preciosos anos da sua vida espiando pelas frestas na dúvida entre sair da morna zona de conforto e seguir em frente, abraçar o mistério a ser revelado.
Cada dia temos a chance de descobrir o novo, de abraçar o desconhecido e torná-lo seu novo amigo de caminhada, companheiro de experiências .Cada dia recebemos a oportunidade de perder ao menos um medo,de trilhar a mesma estrada de um modo diferente, de ouvir a tal da voz interior e fazer dela nossa bússola, de encarar o risco por de trás das portas sob uma outra perspectiva. Eu decidi abrir todas as portas; com a chave, ou mesmo a chute. Eu decidi não perder mais nenhum  minuto parada.
Mesmo quando eu não souber pra onde  assumi um compromisso pessoal de seguir em frente, por mim mesma, pelos que possam se sentir encorajados ou orgulhosos, eu  procurarei sentir o toque de um genuíno entusiasmo todas as manhãs, eu procurarei  sentir gratidão, fazer da dor um alerta amigo para não seguir me machucando.Procurarei serenamente curar as feridas que  eu tiver ao longo do caminho e nunca,jamais parar diante de uma simples porta fechada.

Por que por de trás do infame desconhecido posso encontrar tudo aquilo que sempre estive procurando.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Poema Insone

Estranha intrépida e sombria madrugada
Por que acordasse dentro do meu peito
Por que  me deixaste sem saber direito.
Pra onde ir , aqui sem saber nada.

Noite estranha, intrépida madrugada
Porque andas fazendo isso comigo
Não quero ter que ficar mais acordada
Quero dormir sem monstros aqui comigo.

Talvez esse sonho que acalento
De ter no sono a paz dos falecidos
Só seja mesmo a eles permitido.

Talvez mesmo quem o corpo cansa
só vai dormir bem quando é criança
Ou quando a vida já tiver deixado.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Branca de Neve.

Eu me afogo em tédio como em uma banheira,
estou completamente anestesiada
por esta angústia cáustica e pesada
Deixo submergir-me aqui inteira.

Espero no que nunca acontece
Eu já estou esperando a vida inteira.
Uma ou outra coisa me entristece
Talvez esta até seja a derradeira.

Na dúvida do que fazer eu não me mexo
A essa altura já não sinto nada
A última janela da minha  alma fecho.
Com minhas mãos úmidas e geladas.


E a essa altura sou moderna Eva
A pecadora, a mísera a culpada
Pondo a boca, a língua e até os dentes
Numa grande maçã envenenada.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Filtro dos Sonhos



Abri as janelas do peito  e deixei o vento entrar
Feito aquarela azul dissimulada
Sobre os meus plenos desenganos
Assoprando e fazendo voar
Os papéis onde anotamos nossos planos.
Vamos desagendar,rasgar as pautas.
 Eouvir o assovio do vento através das janelas
Como se a casa fosse uma boca banguela.
Só hoje ficar sem fazer nada
Cantar uma canção inacabada
Soltar na mão todos os tormentos
Como se eu fosse um filtro dos sonhos
 E você um sino dos ventos,

terça-feira, 2 de junho de 2015

A Garota no Espelho


 Quando te vejo igual a mim, querida
Com suas curvas sorrisos e cachos
Com seus olhos de uma cor que eu acho
Muda, conforme muda a luz do dia,

Quando eu te vejo chega a ser bizarro
Porque o tempo e a vida me marcaram
E para mim olhas tirando um sarro
Porque a dor das minhas marcas nunca sentes.

És igual a mim, toda por fora
Só que em seu mundo frio de aço
Não existem as dores que eu passo.

Fica, examina se envelheço,
Fica e pinta o olho de boca aberta,
garota do espelho,tu é que és esperta.