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quinta-feira, 31 de maio de 2012

BACK TO BLACK

A voz macia e levemente entorpecida sussurra que voltará ao luto... tenho escutado quase todos os dias essa música, penso quase todos os dias nos erros cometidos, se poderiam ter sido outros, se eu precisava me enganar desse modo para enxergar além do meu próprio umbigo.
De olhos fechados fico meditando sobre a minha impotência perante algumas das minhas vontades, sobre o meu desejo de controlar o mundo como a um teatro de marionetes da minha auto-satisfação. É, baby, o mundo não para de girar  só porque você se frustrou nem conta se é a milésima vez.
Fique com seus sentimentos, lide com eles, me desafia o Sr. Terapia, e eu continuo me vendo perdida e sozinha dentro deles, como uma pobre menina rica ,vendo um a um seus brinquedos perderem a graça ou quebrando -os na parede. Cante para mim Amy, enquanto me consolo e busco minhas respostas,crio meus grilos e tento finalmente amadurecer. Nessa minha pretensão de  entender o mundo, as pessoas e os sentimentos delas, sendo que os meus próprios são um terreno perigoso para mim. Cante enquanto curto a minha ressaca de mim mesma, o meu cansaço, enquanto brinco de ser deus e me desconsolo sendo só poeira.
  Tento acordar dos meus sonhos, viver o meu dia o melhor que eu posso e não me colocar mais em situações patéticas.
Aprendendo com os meus próprios equívocos enquanto rogo sabedoria para aprender com os tropeços alheios.
Volto para o luto, volto para mim mesma , enquanto vou tentando lidar com o que está em volta.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Sonetinho

Calada por mais uma decepção
Enfadada pelos dias que devassam
As coisas a minha volta me ameaçam.
Os meus amigos é que tem razão

Devia não sentir intensamente
Devia até falar só mais um pouco
Sobre esse meu pouco meio louco
E o outro pouco já meio dormente.

Devia até contar -mas eu me calo
Tudo o que passa na minha mente
Espero - e eis que tenho um estalo.

E com a areia do tempo pelos dedos
Me desvencilho dos meus próprios medos
Desejo louco de seguir em frente.

( Pronto Paulo Lerina, não precisa chorar, eu posto!!)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Até logo

Tudo quase certo como quase sempre esteve
Sempre o mesmo vazio quase no mesmo lugar
Ficaram as janelas abertas e as xícaras sujas de café.
Ficou um cinzeiro fumegante e o espaço vazio.
Ficou uma torneira pingando e o meu nariz.
Queria saber chorar a seco, mas não posso.
Como você diz devo ter um pacto com as tempestades,
e eu acho que com todos os desastres naturais.
Ficou o vento gelado nas cortinas e o pensamento onde eu não posso estar.