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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Interruptor

Tenho olhos de seguir a noite em cada canto escuro
As palavras são o que resta de minha liberdade
Porém deitada nua no chão frio e duro
É que me percebo inteira e já não mais metade.

Indecifráveis são olhares, madrugada
Pois ninguém jamais os compreende
Quando por fim ja não restar mais nada
Uma luz no fundo deles se acende.

Acendo a luz ( o escuro me incomoda)
Apago a tarde e vagarosamente
Fico conformada com os que não me compreendem.

Esqueço os dias (quando lembrar dói)
Danço sozinha e muito lentamente
No devaneio dos que se perderam.

(Carolina Veríssimo, dedicado a P.)

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