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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Des-poema Pra Coisa Nenhuma.

Eu pouso a xícara de café, na minha memória todas as lembranças misturadas fazendo um pout- pourri do que eu gostaria que tivesse sido e não foi. E eu aqui sem entender como eu fui perder a mão, deixar escapar, perder de novo.Se é que se pode perder aquilo que foi apenas sonhado, sentido e imaginado e finalmente, sem mais nem menos:perdido. Eu virei as costas e você sequer disse pra eu ficar, pra eu esperar, e eu fico imaginando se eu precisava mesmo ter criticado os filmes bosta que você escolheu, se eu tinha mesmo que ter mostrado o quão forte era minha personalidade, meu ativismo pra terminar esfriando o café olhando você não chegar através da janela. Sabe, eu pensei em ir pelo caminho do clichê mas definitivamente eu fracassei. Não sei muito de realismo - naturalismo, ou apenas me nego a demonstrar o quanto você me afeta. Afeta de afeto mesmo, e aí dá medo, e você foge, e eu fujo e ninguém vive nada,e a mim sobra apenas o café frio e a vidraça fechada. Olha, se eu pudesse tentar resumir eu sinto saudade daquilo que eu sonhei pra gente, e eu sonhei um "a gente" pra nós e por qualquer motivo você não embarcou no meu sonho... e eu nunca vou ter a cara de te dizer isso,e eu que sou tão caruda pra tanto engulo o que estou sentindo. E haja terapia, ansiolítico, texto motivacional pra superar. Há meses atrás eu comprei um presente pro seu aniversário, e tá chegando, o que eu faço hein? Com o embrulho em meio as minhas tralhas, que não me pertence, pertence a um futuro que não vai existir. Faço verso,piada de mim mesma e sigo em frente, pra onde?nem eu sei.

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