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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Esperança


"A esperança é um urubu pintado de verde."(Mário Quintana, é o que diz o tio google,pelo menos,mas não tenho certeza se é dele essa frase .)
"Torço muitíssimo para que você tenha perdido o celular, ficado sem internet, amputado os dedos e por um desses motivos ou mais é que não tenha me respondido o que te escrevi. Eu sei que peguei pesado, falei por enxurrada, lembra quando eu me referi a diarreia emocional? Agora você entende o que eu quis dizer. Eu sei que não fica nem bem na minha idade tanto extremismo, um romantismo tão exacerbado, sei que eu deveria ponderar mais, mas não pondero, não sei como se faz, simplesmente não consigo. A minha vontade é tão insana e absurda que chega a provocar tremores,febres e pesadelos. Nunca entendi porque te quero desse jeito. Nem da outra vez nem agora. É como se eu estivesse sendo movida pela própria força que me consome... eu não estou enxergando um palmo na minha frente. Faria até panquecas no café da manhã pra você, mas não sei ligar o fogão. Que tal um sexo oral? Será que o amor é essa coisa torta?(não essa coisa torta) me refiro a esse sentimento torto atordoante que atualmete faz parecer que vou parar de respirar se você ficar longe ou enlouquecer completamente se você ficar perto mas quiser ser só meu amigo."

Isso não tensiona ser literatura e sim um desabafo compartilhado.
Não tem a menor intensão de parecer chantagem emocional, e não me importo como as pessoas vão julgar isso.
Apenas gostaria de externar para o mundo a carta que não tive coragem de mandar a uma certa pessoa, na esperança de que essa pessoa leia de maneira mais impessoal no blog e em último caso eu possa negar até a morte que foi pensando nela que escrevi as tolices acima.
Tudo isso na atitude bizarra e totalmente suspeita de retocar as penas do meu urubu verde.
Não é fácil pra mim escrever expondo o meu lado mais frágil romântico e inseguro, mas considero uma experiência edificante e corajosa, exibir a Carolina mais verdadeira que nenhum dos meus outros blogs jamais viu antes.
Pasme quem leu os contos da perversa e não reconhece nessas palavras a mesma pessoa.
Sim sou eu, as mesma carne e os mesmos ossos atras de um teclado muito parecido, só que ansiosa por emoções verdadeiras, farta de "sefazol', com pressa de ser compreendida como um ser humano, e profundamente inspirada a falar disso com quem se dispuser a ouvir/ler.
Foda-se quem preferia o sarcasmo, mas ele deixou de servir como um jeans que apertado esqueci no armário. Quero ser vista, sem máscaras ou personagens.
O desamor, a frieza e o cinturão da mulher maravilha não combinam mais comigo. E embora não me veja de avental fazendo panquecas para ninguém, deixei de me enxergar com antes.
Sobrou uma dose de inquietação pra sobreviver ao tédio impagável e implacável, para não ser engolida pela rotina ou sufocada pelo comodismo.
Não desejo me acomodar, pelo contrário desejo um par pra se inquetar comigo.
Ou me acostumar sozinha mesmo, que solidão a dois ou em grupo é a pior coisa, mil vezes falar sozinha na frente do espelho (uma antiga mania).

Outra do Quintanão:
"POEMINHA DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!"

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