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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Frankie

Aquela descarga elétrica percorria meu corpo sem vida E despertava, não o eu vivo de outrora, mas um eu monstro Que ao julgar-se superlativo por ter roubado o fogo dos deuses Despertou mais vil, insano e cruel... Despertou o desejo do dejeto da minha humanidade, E preferível mesmo seria ter-me deixado morta, Circuitos desativados,sinapses inexistentes, Deixa parecer inexistente Deixa eu perecer feito demente. Adormece o eu de mim, Mas não acorda o outro, o monstro. O monstro ácido a corroer o entorno Feito peste de gafanhotos, O monstro, aquele ente atormentado A besta, o ser sem ser amado. Aquele choque, a pretensões de trazer vida Descobriu a fossa e o bueiro. Traumas,medos, faltas primitivas Um milhão de emoções, que reprimidas Deram ao que querem chamar vida Ao monstro, a isto que que hoje sou. Desliguem as chaves, deixem-me dormir.

Um comentário:

  1. Das palavras antigas para as tentativas de escrever verdades. A duvida parece ser o melhor caminho para substituir as linhas de cartas guardadas. O tempo supera o cálculo da distância. Não procuramos mais a essência, porque aprendemos que não podemos comprá-la. São estes fantasmas dos nossos dias. Parabéns por continuar partilhando...

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