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terça-feira, 13 de julho de 2010



Se o amor chegar e for embora mande lembranças minhas
Faz tempo que não o vejo, talvez tenha mudado
As coisas todas mudam, porque não o amor?
Talvez tenha ele se tornado um velho que não sai mais de casa com dores de reumatismo.
Talvez tenha esquecido os que estiveram perto
Talvez tenha a mesma tosse de cachorro todas as noites
E ainda por cima se bata na cama...
Talvez tenha ficado sozinho depois que as últimas visitas se foram depois de ter tomado toda sua vodca...
Talvez o amor tenha ficado sozinho no mundo e não tenha telefone.
Se você ainda vier a conhecê-lo mande lembranças
Já fomos chegados, jogávamos uma biribinha, uma sinuca em outros tempos.
Ele sempre ganhava e eu não sei se por trapaça ou ligeireza.
Ele sempre foi melhor nos jogos do que eu.
Mas quando eu olhava seus olhinhos muito claros e lhe mostrava minhas poesias, ele lamentava a minha incapacidade de jogar seus jogos.
E me deixava muda enquanto eu engolia uma lágrima em forma de fungada.

(Carolina Veríssimo)

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