Pesquisar este blog

domingo, 2 de outubro de 2011

A dádiva do desespero

Aqui sentada espero ter coragem para me mover
Engulo a saliva inexistente
Examino os calos nos meus pés,Atiro longe os sapatos de salto
Rastejo em meu vestido de festa
Vermelho aos farrapos
Como um velho coração partido.

Desalinho as marcas de expressão
Enquanto respiro profundamente
Na garganta o velho nó de sempre
O mesmo vazio conhecido
A eterna dor familiar
Sorrindo maliciosamente 
E convidando para o chá.

Carolina Verissimo

Nenhum comentário:

Postar um comentário