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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PARA UMA SEGUNDA CHUVOSA E SOLITÁRIA

Algo em mim que está vazio faz muito tempo
Ecoa os pingos dessa chuva agora
E fica cheio d'água,por isso choro.
Por este vazio que está aí faz tanto tempo,
E que nunca encontrou nada que lhe coubesse propriamente
Meu oco tão sem graça e sem motivo
Cada vez mais acostumado a ser vazio.
Já teve em si o eco de tantos nomes
Já teve enfim o rosto de outros homens
Que ficou um vazio aquarelado.
Já teve algumas vozes diferentes
Já ficou em silêncio e tão somente
E ecoou como um velho sino em busca de atenção...
Algo em mim que está vazio e agora cala
Na esperança vã de ouvir a fala
De alguém que há muito já deixou partir.
Carolina Verissimo

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