Pesquisar este blog

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Corte de cena


A paixão para mim sempre foi melhor por escrito. Nas histórias tudo sempre acaba bem pelo menos para alguém e há sempre alguma mensagem moral que justifica s dificuldades atravessadas.
Sou totalmente a favor de quem escreve cartas (ou hoje em dia emails) de amor. Tudo soa bem melhor por escrito que dito oralmente.
A paixão nas palavras é absolutamente mais poderosa e devastadora. Bilhetes não gaguejam, por escrito não se titubeia.
Literariamente nada pode sair do script, não ensaiamos milhões de vezes algo que acabamos filtrando para falar. Até a frustração fica melhor por escrito.
Se a noite passada fosse uma encenação imaginada por mim, com cada ato por mim imaginado eu teria mantido da versão real a chuvinha fina caindo e a luz difusa do poste, trocaria os diálogos de certo pois foram entediantes, falas longas, cansativas, trocaria os atores, muito canastrões esses dois aí ,colocaria talvez a Claire Danes e o Leo di Caprio (Como em Romeu e Julieta)... e definitivamente tudo acabaria em uma cena quente digna de um seriado nacional (Engraçadinha ou Hilda Furacão, talvez)... É claro também tiraria todo e qualquer figurante que fizesse cagada, (tipo olhar a câmera ou plateia). Só os dois em cena, a chuva caindo e a luz difusa do poste.
Eles se olham, ela sorri, ele diz que adora o sorriso dela e ela diz olhando nos olhos dele ( e não olhando pro chão feito uma adolescente idiota) Eu quero ficar com você (e não o tímido "eu gosto de você"), então ele a beijaria e corta pra cena A la Nelson Rodrigues.
Saco de realidade. Acho que vou morar no meu blog.

(Carolina Veríssimo)

Um comentário:

  1. cartas, como eu gosto.

    emails também.


    o blog é uma boa válvula de escape, sabe...

    até!

    ResponderExcluir