Eu me afogo em tédio como em uma banheira,
estou completamente anestesiada
por esta angústia cáustica e pesada
Deixo submergir-me aqui inteira.
Espero no que nunca acontece
Eu já estou esperando a vida inteira.
Uma ou outra coisa me entristece
Talvez esta até seja a derradeira.
Na dúvida do que fazer eu não me mexo
A essa altura já não sinto nada
A última janela da minha alma fecho.
Com minhas mãos úmidas e geladas.
E a essa altura sou moderna Eva
A pecadora, a mísera a culpada
Pondo a boca, a língua e até os dentes
Numa grande maçã envenenada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário