Tenho apenas esses novos dias pela frente e a sensação de ter perdido algo ou deixado alguma parte em branco.
Tudo o que tenho é o que vem pela frente e apenas sigo a trilha dos que vieram antes de mim.
Tenho esse vazio, esse abandono primário e uma grande e nova estrada para andar.
Parece pouco estar rendida e de mãos vazias, mas o que tenho é bem maior do que o que deixei para trás.
Posso dizer que nem sempre há sol nem sorrisos, mas que sempre tenho a chance de fazer melhor.
Tenho dúvidas, vergonha e pela primeira vez na vida tenho esperança de que nem tudo é lama podre sob os meus pés.
O que eu deixei para trás e venho deixado todos os dias eu não sei bem o que é mas sei que não fará falta.
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
Ato Falho ou eu ainda não enjoei de você
Os céus se abrirão sob seus olhos
E você me perdoará pela adolescente tardia que acabo sendo
Porque você também se recusa a crescer, bem no fundo.
E quando esse apetite lascivo dos teus olhos me devora
Expondo as minhas piores partes para todos.
Prometo ficar bem quando eu não estiver em crise
E sobreviver para contar a história...
Respiramos fundo e dizemos " o pior já passou".
Seguro sua mão contendo outras vontades insanas.
No fundo não passo de uma encrenqueira
Querendo só atenção e suas mãos dentro da minha roupa.
Dizemos que o pior já passou e sorrimos.
E você me perdoará pela adolescente tardia que acabo sendo
Porque você também se recusa a crescer, bem no fundo.
E quando esse apetite lascivo dos teus olhos me devora
Expondo as minhas piores partes para todos.
Prometo ficar bem quando eu não estiver em crise
E sobreviver para contar a história...
Respiramos fundo e dizemos " o pior já passou".
Seguro sua mão contendo outras vontades insanas.
No fundo não passo de uma encrenqueira
Querendo só atenção e suas mãos dentro da minha roupa.
Dizemos que o pior já passou e sorrimos.
sábado, 19 de novembro de 2011
Rompimento
Eu não estou deprimida
Apenas me tornei diferente de você
Diferente do que você gostaria ou planejava.
Sinto decepcioná-la, mas você está insana
E não pode ajudar mais ninguém, nem a si mesma.
Vire alguma esquina em busca de algo imediato pra te dar prazer
E depois se fantasie de princesa e sorria.
Mesmo se estiver apodrecendo e sempre haverá alguém
Para quem a sua farsa irá funcionar.
Eu estou deixando sua platéia
E você não precisa mais representar nada pra mim.
Apenas me tornei diferente de você
Diferente do que você gostaria ou planejava.
Sinto decepcioná-la, mas você está insana
E não pode ajudar mais ninguém, nem a si mesma.
Vire alguma esquina em busca de algo imediato pra te dar prazer
E depois se fantasie de princesa e sorria.
Mesmo se estiver apodrecendo e sempre haverá alguém
Para quem a sua farsa irá funcionar.
Eu estou deixando sua platéia
E você não precisa mais representar nada pra mim.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Lápide
Carícias apaixonadas trocadas sobre a lápide do que já fui.
Tua língua, teu sexo, e o meu desejo lutando comigo
Na mesma velha batalha perdida de sempre.
E eu permaneço tentando entender
Porque estremeço sob o teu toque...
Porque sinto tanto mesmo estando vazia e anulada
Reduzo ao que podes enxergar de mim
E tu amor , és quase cego
E eu sou quase nada.
Tua língua, teu sexo, e o meu desejo lutando comigo
Na mesma velha batalha perdida de sempre.
E eu permaneço tentando entender
Porque estremeço sob o teu toque...
Porque sinto tanto mesmo estando vazia e anulada
Reduzo ao que podes enxergar de mim
E tu amor , és quase cego
E eu sou quase nada.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Hoje
Eu sei que as lágrimas secam
E que as dores voam para longe feito pássaros migratórios
Com a promessa de voltar um dia.
Mas hoje tive um dia tranquilo e nenhum fantasma me aterrorizou.
Hoje meus olhos não se voltaram para escuridão
Fiquei bem comigo mesma e não senti tanta raiva do mundo.
Eu apenas aprendi que as lágrimas vão secar um dia
Porque secaram aquelas que cairam antes.
Carolina Verissimo
E que as dores voam para longe feito pássaros migratórios
Com a promessa de voltar um dia.
Mas hoje tive um dia tranquilo e nenhum fantasma me aterrorizou.
Hoje meus olhos não se voltaram para escuridão
Fiquei bem comigo mesma e não senti tanta raiva do mundo.
Eu apenas aprendi que as lágrimas vão secar um dia
Porque secaram aquelas que cairam antes.
Carolina Verissimo
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
SOLAR
Espero que você venha com o sol que apareceu hoje
Para torná-lo mais quente e mais brilhante.
Espero que você chegue cedo esta noite
E poder tocar suas mãos novamente.
Espero o óbvio e o imprevisível
Espero com medo do escuro e do frio
Como quem conheceu o calor
E não admite tremer novamente.
Tenho medo, por favor me abrace
Sussurro entre lágrimas como numa prece
Fique para os meus versos não ficarem tristes.
Fique para ver os prédios do alto
O centro da cidade entre os teus braços
A noite enfrenta quando não desiste.
Carolina Verissimo
Para torná-lo mais quente e mais brilhante.
Espero que você chegue cedo esta noite
E poder tocar suas mãos novamente.
Espero o óbvio e o imprevisível
Espero com medo do escuro e do frio
Como quem conheceu o calor
E não admite tremer novamente.
Tenho medo, por favor me abrace
Sussurro entre lágrimas como numa prece
Fique para os meus versos não ficarem tristes.
Fique para ver os prédios do alto
O centro da cidade entre os teus braços
A noite enfrenta quando não desiste.
Carolina Verissimo
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
PARA UMA SEGUNDA CHUVOSA E SOLITÁRIA
Algo em mim que está vazio faz muito tempo
Ecoa os pingos dessa chuva agora
E fica cheio d'água,por isso choro.
Por este vazio que está aí faz tanto tempo,
E que nunca encontrou nada que lhe coubesse propriamente
Meu oco tão sem graça e sem motivo
Cada vez mais acostumado a ser vazio.
Já teve em si o eco de tantos nomes
Já teve enfim o rosto de outros homens
Que ficou um vazio aquarelado.
Já teve algumas vozes diferentes
Já ficou em silêncio e tão somente
E ecoou como um velho sino em busca de atenção...
Algo em mim que está vazio e agora cala
Na esperança vã de ouvir a fala
De alguém que há muito já deixou partir.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Saudação a Lua
Se esta noite fores ver a lua
Que ao mesmo tempo é minha e não é tua
Pois de pés descalços a estarei saudando
E tu um rosário ficas desfiando.
Danço seminua a lua em meu ventre
A benção da natureza permito que entre
Entre eu e deus estão os elementos
Saúdo a terra, encanto aos quatro ventos.
Desfolho as flores, me banho entoo cantos
Meu corpo, um templo de risos e prantos
A fé dos ciclos da terra é que professo
O amor a a grande mãe aqui eu tenho expresso.
Carolina Verissimo
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Poema a Isadora
Danço como a qualquer instante.
Danço sem permitir que as formas me escravizem.
Danço como um vento a bater janelas,
Como a noite escurece, como o fogo devassa
E a chuva que simplesmente acontece.
Danço como a natureza ensina,
Danço acasalando com o universo.
Como se fosse a última coisa
Danço pra acalmar a doida
Que varre dentro de mim.
Carolina Verissimo
Danço sem permitir que as formas me escravizem.
Danço como um vento a bater janelas,
Como a noite escurece, como o fogo devassa
E a chuva que simplesmente acontece.
Danço como a natureza ensina,
Danço acasalando com o universo.
Como se fosse a última coisa
Danço pra acalmar a doida
Que varre dentro de mim.
Carolina Verissimo
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
A espera de um amor em conta gotas
A moça no seu vestido azul aldol
Caminha solitária
Examinando o chão
A procura de uma lata
Que quando encontra
Imediatamente cata...
Os olhos brilham como alumínio
Como naquela outra vez
Aniquila migalhas de sonho
Depois conta até três
E repete o ritual medonho.
Carolina Verissimo
Caminha solitária
Examinando o chão
A procura de uma lata
Que quando encontra
Imediatamente cata...
Os olhos brilham como alumínio
Como naquela outra vez
Aniquila migalhas de sonho
Depois conta até três
E repete o ritual medonho.
Carolina Verissimo
domingo, 2 de outubro de 2011
A dádiva do desespero
Aqui sentada espero ter coragem para me mover
Engulo a saliva inexistente
Examino os calos nos meus pés,Atiro longe os sapatos de salto
Rastejo em meu vestido de festa
Vermelho aos farrapos
Como um velho coração partido.
Desalinho as marcas de expressão
Enquanto respiro profundamente
Na garganta o velho nó de sempre
O mesmo vazio conhecido
A eterna dor familiar
Sorrindo maliciosamente
E convidando para o chá.
Carolina Verissimo
sábado, 1 de outubro de 2011
Ás samambaias e a tudo que não posso amar.
Sou toda vazio e vão egocentrismo
Sou toda incapaz de entender o outro
Sou a própria loucura e paixão pelo abismo
Sou a solidão normal de um bicho solto.
E quando apenas quero um pouco de dormência
Vejo a insanidade chegando a galope
Em meio a toda minha impaciência
É que ainda aplico meus pequenos golpes.
Então sobrevivo só por esse dia
Tendo apenas o estritamente necessário
Assim suporto a minha agonia.
Aqui espero alguma epifania
Algo que me desperte dos devaneios vários
Que a minha mente ainda crê e cria.
Carolina Veríssimo
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Igual ao Pó
Idêntico no prazer imediato
Também igual quando o prazer termina
O mesmo vazio, todinho ingrato
Igual ao modo com que viro a esquina
Igual na física insignificância,
Na dor então,o mesmo exato
Igual se desfazendo na narina
e pra desapertar do peito o nó,
Eu quero comparar-te igual ao pó.
Carolina Verissimo
Cantares do Sem Nome e de Partidas
de Hilda Hilst
Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.
(I)
(HILDA ME INS-PIRA)
domingo, 25 de setembro de 2011
Barulhos
Não há provas, nem evidências, nem testemunhas
Eu solitária aqui roendo as unhas,
Não permaneço, não fico e não morro.
É mudo e agoniado meu pedido de socorro.
Um punhado de areia entre os dedos
Uma coletânea triste de medos
Um suportar, estremo e agoniado
De dias muito cáusticos e pesados.
O amor é vão, amarelinha na calçada ...
Que vem a chuva e o transforma e nada.
Carolina Verissimo
Eu solitária aqui roendo as unhas,
Não permaneço, não fico e não morro.
É mudo e agoniado meu pedido de socorro.
Um punhado de areia entre os dedos
Uma coletânea triste de medos
Um suportar, estremo e agoniado
De dias muito cáusticos e pesados.
O amor é vão, amarelinha na calçada ...
Que vem a chuva e o transforma e nada.
Carolina Verissimo
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